Apenas por pessoas de alma já formada

segunda-feira, 30 de março de 2009

Delírio de uma mente inconstante

A gente sabe quando a gente quer. A gente sente quando a gente ama. E você? Você não me ama. Porque se amasse não teria dúvida. Ok. Você pode ser um daqueles que só valorizam quando perdem, então por que razão eu vou ficar com alguém que não me valoriza?
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sábado, 28 de março de 2009

Tomando banho

Comprei um antigo xampu que há tempos não usava. Fui ao supermercado, catei o dito produto para meus cabelos sedosos e fui para casa. Chegando lá, ao tomar meu relaxante banho, como de praxe, para tirar as impurezas de meu corpo e também para relembrar um pouco o efeito do produto, levei um susto. Entre um lava aqui e um lava aculá, quando finalmente pus em meus cabelos o antigo xampu que há tempos não usava, olhe minha surpresa. O aroma do xampu me foi como uma máquina do tempo. Veja só. Vi a mim mesma, momentos antes de ir encontrar-me com um ex-namorado. Boas lembranças. Como um aroma podia surtir tal efeito em minha pessoa? Teletransportei-me ao passado de tal forma que me perdi de mim mesma. Depois de tanto cheiro não mais me vi. Acreditem. Procurei, procurei, tornei a procurar e nada. Eis, então, que, de repente e não mais que de repente, quando já havia desistido de me achar, dei de cara com uma louca (uma louca muito parecida comigo, mas muito diferente do que sou), tentando resgatar antigos frascos, não mais existentes produtos, só para ter a todo o momento a lembrança que eu quisesse. Descobri o poder dos aromas. Não é que funcionam também como máquina do tempo?
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quinta-feira, 26 de março de 2009

Amizade longa

A minha amiga TPM (sim, ‘amiga’ porque temos um convívio estreito e extremamente próximo há nove anos) apronta tripulias comigo todo mês. Ela é silenciosa e discreta. Tanto que, às vezes, preciso do aviso de outros para me dar conta de que é ela a razão de meus problemas. Sempre tive orgulho e dizia de boca cheia que ‘TPM? Nunca tive’. Cólica? Só uma leve para avisar que aqueles cinco dias chatos estavam chegando. Mas, com o tempo, todo santo mês, meu corpo inchava, espinhas apareciam em meu rosto, sensível eu ficava a tudo e essas coisas sempre aconteciam todas juntas na mesma época. Não podia dormir de bruços que o peitoral gritava. Sem maquiagem na cara para disfarçar as crateras no rosto? Nem pensar. Era ver uma criança chorando na rua (porque o balão voou para bem longe no céu) que eu abria o berreiro junto. Até que um dia, cansei e resolvi bater um papo sério com Deus. Afinal, o que eu havia feito a ele para estar sendo punida desse jeito? Ou será que eu estava apenas esclerosada? Aí alguém chegou do meu lado sem eu perceber e disse bem baixinho: “Minha criança, você não é louca. Só é mulher. E essa loucura toda não é distúrbio mental ou carma corporal. É a TPM, querida. E é perfeitamente normal. Afinal, eu não podia ter feito as mulheres tão perfeitas. Algum defeito eu tinha que dar, né?”

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terça-feira, 24 de março de 2009

Namoro escondido

Sua mãe era contra. Meu pai não esboçava reação. Ele era a favor. Eu também. Empate. Dois votos a favor, dois contra. O que restou, então? Decidir a diferença no par ou ímpar? Cara ou coroa, talvez? Não. Os sentimentos decidiriam a diferença. Eles diriam o que fazer. Minha boca disse sim, era um sentimento bom e único o encontro de minha boca com a dele. A mão dele concordou. Suava de nervosismo só de pensar em mim. Nossos corações extrema felicidade sentiam quando nos víamos. Nossos olhos lacrimejavam de emoção ao nos notarmos. Isso bastou. Foi decidida a diferença, sem mais dúvidas. Dissemos, então, aos nossos pais que nos amávamos, mas eles eram mais experientes que nós e a idade aparentemente ficava acima da ‘escala sentimentos’ na visão de nossos velhos. Suas ordens não foram suficientes. Eu não as obedeci, nem ele. Resolvemos namorar escondido. Aproveitamos cada momento escondido passado. Tudo que é proibido é mais gostoso. Sim, certamente. Mas com o tempo, não agüentamos o que a falta de possibilidades causou a nossa, não mais divertida, relação proibida. Não podíamos sair para lugares onde sabíamos que seríamos pegos. Ficávamos mais reclusos do que expostos. Às vezes, faz um bem danado andar de mãos dadas na frente daquelas garotas chatas do colégio que certamente morreriam de inveja de mim por ter ele como namorado. Nós dois namorarmos em casa, ainda que fosse de porta? Nem pensar. Pensem vocês que chato seria namorar escondido.
Situação n°1: Ele quer te mostrar aos amigos, mas não pode.
Situação n°2: Você quer passear ao lado dele de mãos entrelaçadas, mas sabe que não é possível.
Situação n°3: Ele queria que a mãe dele gostasse de você.
Situação n°4: Você queria que seu pai dele gostasse.
Situação n°5: Vocês vêem seus amigos com namoros possíveis e não gostam do que sentem. (Vocês sentem inveja.)
Situação n° 6: Vocês notam que querem mais do que vocês dois podem ter.
Situação final: Dois corações arrasados.
Hoje em dia, quando vejo meu ex-secreto-namorado, um coraçãozinho que habita meu peito insiste em esquecer da dor que senti ao terminarmos e bate mais forte por meu ex-amor-secreto. Ele também demonstra sentir o mesmo nervosismo. Nós ainda nos sentimos, independente de estarmos ou não namorando outras pessoas. Mas o escondido? Ah, namorar escondido nunca mais. Que Madonna namore seu Jesus e o mundo não saiba (embora todos saibam), mas eu? Eu não troco o sentimento bom que é poder escancarar para o mundo inteiro que EU AMO, SIM! AMO MUITO MEU NAMORADO!

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domingo, 22 de março de 2009

Entrevistando

Sempre tive curiosidade de saber os pensamentos de um personagem que cresceu comigo, mas, diferente de mim, não envelheceu. Pelo contrário será eterno enquanto a fantasia existir. O famoso ratinho criado por Walt Disney, Mickey Mouse. Sei que é uma criatura muito ocupada, que provavelmente não tem tempo para entrevistas, mas não custa tentar.

Sr. Mouse, sempre tive uma certa curiosidade a respeito de seu guarda-roupa. Por que escolheu para usar todos os dias como roupa uma calça vermelha, luvas brancas e sapatos amarelos? Aliás, que número você calça? Como é nunca envelhecer? E, tendo a eternidade à sua frente, não gostaria de morar em outro lugar que não a Disneylândia? Tudo com o tempo para nós, humanos, parece perder a graça. Com os ratos não acontece o mesmo? Se Walt Disney lhe mantém como refém nesse fantástico mundo de magia e encanto, avise-nos que, nós, seus fãs, lhe resgataremos. Afinal, nem o mais fabuloso parque temático do mundo pode ser repetitivamente divertido 24h por dia. O tempo tudo muda. Você também não desejaria mudar? Viver para sempre feliz a sorrisos distribuir me parece um tanto triste. O bom da vida não é sofrer e aprender com a queda? Mickey, você por acaso já sofreu alguma vez? Ah, meu querido ratinho, um queijo doce é bem mais apreciado se ingerido depois de um queijo amargo. O mesmo acontece com a vida. Depois de um momento de sofrimento, a felicidade consegue ser mais bem apreciada do que se sofrido você nunca tivesse.

Mickey Mouse responde:

Querida fã, desculpe-me pela demora, mas respondendo a sua pergunta central, nós, ratos, não pensamos no futuro, por isso, confesso, nunca pensei na eternidade que terei pela frente. Viver um dia após o outro nos faz valorizar cada momento. Vocês, humanos, são criaturas muito engraçadas. Pensam demais. Nós apenas vivemos. Por que preocupar-se com o “para sempre” se a felicidade se faz no presente?

Eternamente grato pela admiração, Mickey Mouse.

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quarta-feira, 18 de março de 2009

Curando feridas

Cansada de ser bicho só.
Só sofro.
Sofro vendo um horizonte.
Um horizonte, não alcanço.
Alcanço sonhos.
Sonhos que podem ser minha salvação.
Salvação, redenção.

Redenção, ilusão.
Ilusão que me cansa.
Cansa nada ser.
Ser bicho só.
Só.
Só.
Só.
Alguém cuida de mim?
Curando feridas.
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domingo, 15 de março de 2009

Masculinidade

O problema dos homens é que eles sentem a necessidade de marcar território constantemente. Sabe como os cachorros marcam território? Através da urina. E, quando o cheiro de xixi some dali, lá se vem os cachorros sem vergonha urinar na gente de novo. Saia, meu caro, saia. Que isto aqui, ah, esse território aqui já não te pertence mais. Teu xixi não surte mais efeito em mim. (Eca, que nojo imaginar a cena, mas é metáfora, gente, metáfora!)
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sexta-feira, 13 de março de 2009

Sem-tido

Às vezes, a gente fala, fala, fala e não diz absolutamente nada.
Nada absolutamente diz não e fala, fala, fala a gente, às vezes.
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quinta-feira, 12 de março de 2009

Amor é...

...deixar de usar aquele passe livre nos camarotes do melhor show do ano e perder a chance de praticamente beijar a banda de tanto que o frontstage fica perto do palco, só para ficar junto do seu namorado que não tem o passe livre que você tem, mas é a melhor companhia que se pode ter. Porque não importa se você vai ficar a três metros do palco ou a cinqüenta, o que importa é que você está ao lado dele e que ele sozinho supre com qualquer companhia ou qualquer proximidade que você possa precisar. Ele é o show e ele sozinho é tudo que você precisa.
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quarta-feira, 4 de março de 2009

Trote TDB 2009

Em um mundo de fantasia e encanto, existia um povo que nós, humanos, chamávamos de deuses. Lá havia uma quantidade predominante de seres femininos, por isso chamávamos de deusas, raramente deuses. Este planeta era muito famoso e toda essa fama se devia não somente por sua beleza, mas pelas poses de seu povo e o poder que elas,as poses, surtiam no coração e atitude das pessoas. Então, os terráqueos, invejando tal habilidade, resolveram utilizar as poses de deusa em uma zona de seu planeta que necessitava de paz: o Oriente Médio. Utilizaram as poses nos limites dos conflitos e viram seus efeitos. Os terráqueos que viviam no Oriente Médio esqueceram os limites que provocavam tantos desentendimentos. Não havia mais restrições. Eram todos um só. Gostavam todos da mesma coisa: as poses de deusas.

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