Apenas por pessoas de alma já formada

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Blanc

Minhas páginas estão em branco. Não sei o que lhe dizer. Posso postergar esse momento, mas tenho que estar ciente: haverá consequencias. Eu te amo. Eis o que eu não consigo lhe dizer. As palavras saem tremidas. Medo da sua reação. Não quero um silêncio em troca. Um "obrigado" mudo.

- Não há de que.
posted by mente inconstante at 09:00 1 comments

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Heterogêneos

Eu fui a primeira em quem você pensou? Não, claro que não. Com certeza deveria haver uma fila de garotas esperando por você, assim como eu por tanto tempo também aguardei. Como é que a gente pode ficar se nem conversar sobre isso a gente consegue? Eu sei que você ainda a ama e esse é o motivo de nosso silêncio: eu não quero ouvir de sua boca. Você é daqueles que só quer curtição e quando a curtição é boa transforma em namoro. Mas caso não seja não dá em nada. Não leva para frente, afinal era só curtição mesmo. Mas eu não sou assim e esse foi nosso primeiro erro: tentar misturar água e óleo. Somos uma solução heterogênea, meu impossível amor, e se fôssemos homogêneos nem sequer existiríamos.
Não teria graça.
posted by mente inconstante at 17:54 4 comments

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Desculpa?

Não era minha intenção iludir-te assim. Juro que cheguei a acreditar que poderia dar certo. Enganei-me. Por pura carência, talvez. Sabe? Ser humano erra de vez em quando, mas, por favor, me desculpa? Você tem um bom coração e eu não queria te magoar assim. Repito: nunca foi minha intenção. Gosto do seu sorriso e adoraria vê-lo de volta ao seu rosto. Ah, meu querido, eu realmente espero que possamos continuar bons amigos. Se um dia você conseguir me perdoar. Ainda que só para devolver a ilusão.
Há um pouco de mim aqui também:
diáriodeumafumante.
posted by mente inconstante at 09:03 3 comments

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Todo carnaval tem seu fim

Esperava por esse momento. Só não contava com esse seu olhar. O sorriso sumiu automaticamente do rosto. Já sabia o que iria me falar. Acabou antes mesmo de começar, não é mesmo, mon ami? É o melhor a fazer. Evitar a inevitável queda, já que um de nós, possivelmente os dois, vai dar de cara com o chão e será feio demais para tentar consertar. Ferimentos profundos. Não posso te culpar por ter me enganado. Você sempre foi sincero demais comigo. O que eu sempre achei um problema. Às vezes, um pouco de ilusão se faz necessário para levar os dias com um pouco mais de alegria. Cadê o lenço que carregas contigo? Sinto que as lágrimas estão prestes a cair, enquanto espero pelas palavras tuas que partirão de certo meu coração:
.
- Escuta, Vanessa. Nós precisamos conversar.
.
Então, meu sexto sentido não falhou. Para variar. Só eu senti falta de nós, não é mesmo, querido amigo?
Não precisa nem começar.
posted by mente inconstante at 19:00 4 comments

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Rastro

Perco a identidade. Não raciocino perto de você. Soube que andou me procurando. Sem necessidade. Eu nunca me escondo de você.
Há um pedaço de mim aqui também:
diáriodeumafumante.
posted by mente inconstante at 12:20 6 comments

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Bobeira

Fico boba ao te ver aqui. Fujo, mas de nada adianta. Olha só onde estamos. Você continua em mim.

.
posted by mente inconstante at 10:24 2 comments

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Feitiço

Resolvi escrever em silêncio, escondida onde você sequer pode me ver. Desmascarar todos os sentimentos mudos que não se fazem presentes em nossos encontros. Eles não se mostram através de palavras, apenas gestos que você não capta, pois não acredita que eu possa gostar tanto assim de você. Pode ser sim feitiço, macumba, qualquer bobeira dessas que vem à cabeça quando nos deparamos com o que desconhecemos, mas a verdade é que você mexe comigo de uma forma indescritível e tenho medo de dizer em voz alta e te assustar, porque quando o sentimento é grande a gente se assusta. Eu me assusto comigo mesma todos os dias. Não entendo como já posso gostar tanto assim de quem faz parte da minha vida há tão pouco tempo. Não faz sentido, mas bate diariamente dentro do meu peito e incontrolavelmente. Como posso duvidar se já faz parte de mim? E, quanto mais escrevo, mais me lembro. E, quanto mais me lembro, mais me aproximo de certa forma dessa pessoa incrível que é você. Ah, garoto, pára de fugir de mim, porque eu já cansei de fingir que não me importo nem um pouco com essa distância maldita que insiste em nos separar. Você dita a distância. Eu só acato calada, já que não posso nada além de. De te amar.
posted by mente inconstante at 15:20 3 comments

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

In your face

Se enganas quando pensas que sou solitária. Ninguém se importa? Poucos, mas significantes. Quando procurares, será tarde. Já terei partido. Um caminho sem volta esse que trilhas. E quem sofre primeiro sou eu. Por último, você. Infelizmente sofro com seu erro. Erro meu amar alguém que não se importa o bastante. E sorte sua eu não ter ninguém para fazer com que eu me esqueça de tuas bobeiras.
At least, for now.
Estava em São Paulo esses dias. Digo com uma só palavra como foi: AMEI, querida Ceci. Lembrei muito de você.
posted by mente inconstante at 18:09 3 comments

domingo, 9 de janeiro de 2011

Na rua

Não entendo sua fixação por sapatos. Tem dezenas! Aposto que há aqueles que nunca sequer usou. Por que insiste em comprá-los então? É um ato compulsivo. Doença. Veja só. Sou apaixonado por uma doente! Preciso confrontá-la. Abrir seus olhos. Agir assim não é normal. Mas o brilho em seus olhos quando vê um par que lhe agrada não tem preço, embora os sapatos tenham. E sempre caros, meu deus, muito caros! Não podia ter uma compulsão mais barata? O dinheiro que já gastou com calçados deixaria qualquer poupança obesa. Definitivamente vou conversar com ela. Ela vai gritar, espernear, mas no final vai aceitar. Nem que seja mentindo para fazer com que eu largue de seu pé, ou melhor, de seus sapatos. Paro em frente de uma loja de lingerie. Compro uma para ela sem pensar. Quando dou por mim, já passei o cartão. Um mimo para ela que, no fundo, é um presente para mim mesmo. Bem que ela podia ser tarada por lingerie. Nisso eu até ajudava. Saio da loja que fica ao lado de uma outra famosa por seus sapatos. Observo a vitrine. Todos os tipos de calçados ali presentes. Penso em meu amor e indago: por que tanta fixação? Até que vejo um par preto. Nossa! Minha imaginação vai longe. Ficariam lindos na lingerie que comprei. Compro os sapatos também. Mais um par. Que mal fará? Um dia a mais não fará diferença. Amanhã eu converso com ela.

Os homens são todos iguais.
.
posted by mente inconstante at 12:08 5 comments

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Saudades

Saudades, meu deus, gritante! Vontade de pegar a coragem que não tenho e ir a teu encontro. Sem pensar no que dirão os outros, principais obstáculos de nossos desejos mais que frustrados. Ah, que saudades que eu sinto de ti! Exatamente, tu. Que nem sequer me esperas de braços abertos, pelo contrário sempre foges correndo de mim. Que saudades que eu tenho do teu beijo, amigo, e a sensação que percorre meu corpo quando tuas mãos tocam as minhas. Lembra do que eu sussurrei em teu ouvido em nosso último encontro? Teve a ver com medo, mas era na verdade intenso querer. Não te enganes. Não quero um pedido de casamento, namoro que seja. Nem pensamentos demais a respeito do que nem sequer temos certeza. Desconfiamos do que ocorrerá somente, mas me dizeres “não” é o combustível mais forte para a saudade intensa que sinto de ti. Não vai acabar, aceite. Por mais que tentemos.
posted by mente inconstante at 22:41 4 comments

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

E naquela noite

Espero por teus assobios na janela de meu sombrio quarto. Escrevo para passar o tempo (o tempo que não passa enquanto não chegas para cantar em meu ouvido), mas as palavras saem criptografadas, forçadas por uma inspiração que não dá as caras. Uma hora, a caneta falha, cansada de sentenças sem sentido. O papel acaba, ainda que cheio de vazios. Só não cessam as horas que continuam como obstáculos entre nós. Sentes o vento que bate forte, agitando as cortinas que insistem em me avisar de cinco em cinco minutos: "ele ainda não chegou."!? Ah, meu querido trovador, venha logo que a espera castiga. Escale já essa árvore. Voe até os meus braços que já estão abertos faz muito tempo. Certo momento o corpo cansa. Vê? Meus olhos já se fecham e os abraços perdidos escapam pelo ar. Um susto. Ouço finalmente os assobios pelos quais tanto esperei: raios de sol vazam pelo céu, a lua desaparece no horizonte e os passarinhos me enganam.
Meu amor nunca apareceu.
posted by mente inconstante at 18:00 4 comments